terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Tudo, tudo, tudo! Saberás tudo sobre o sling!

Qual a diferença entre um sling e um marsúpio?

Um sling é feito com um tecido longo de forma rectangular (adaptado para o bebé, respeita critérios de segurança e de não toxicidade) com uma largura entre os 60 e 70 cm e um comprimento que varia entre 2,60 m (para os mais curtos) e os 5 m (para os mais longos). Pode-se então usar esse tecido de diferentes formas no portador e no bebé e modificar as posições do bebé. O mesmo adapta-se facilmente às diferentes morfologias de cada um, do nascimento até aos 36 meses,de acordo com o tecido usado.


O marsúpio já tem uma forma pré-definida na qual iremos colocar o bebé, umas alças que se prendem ou atam e um cinto na zona do ventre. O uso é assim mais limitado (como menor adaptação à morfologia do portador e do bebé) do que com o sling, por causa da sua forma, mas também mais simples (só existe uma posição, logo menos para aprender). 

A partir de que idade se pode usar um sling? E até que idade?

O sling pode ser usado logo à nascença e até aos 2, 3 anos. Só é preciso adequar a posição do bebé conforme a sua idade, morfologia e necessidades. E esta é uma grande vantagem do sling, oferece imensas possibilidades! 

Quanto o tempo pode estar o bebé no sling?

Se a posição do bebé e o sling são adequados para a idade e necessidades do bebé e do portador, se se respeitam as indicações de segurança e se o portador e o bebé se sentem confortáveis, o sling pode ser usado o tempo que quisermos! Um pouco, muito, imenso! Este método é vivido a dois, ao perceber as necessidades dos dois, ao adaptar sempre que necessário, NÃO há limite de tempo!

Quais as suas vantagens?

São imensas! O sling preenche a necessidade de contacto, segurança e movimento do recém-nascido e da pulguita em crescimento. Facilita o relaxamento, o bem-estar, o sono e a digestão. Permite aos pais (e também aos profissionais da educação de infância) manter as mãos-livres, continuar as tarefas do dia-a-dia e de cuidar de várias crianças mais facilmente. Permite uma maior liberdade de movimentos e de se deslocar no interior como no exterior.
Também é um óptimo estímulo para o bebé. Este tem a possibilidade de observar o ambiente em que se encontra, permite a descoberta do outro, das relações sociais e do meio ambiente. Possui também vantagens físicas e motoras: favorece um bom desenvolvimento das ancas e da coluna, previne eventuais más formações cranianas, estimula levemente o tónus muscular e o equilíbrio, os sentidos (essencialmente o toque), a consciencialização do corpo e a curiosidade.
Por fim, oferece imenso prazer pelo contacto que proporciona entre pais e filhos, favorece o carinho,a confiança e a auto-estima.

Quais os inconvenientes?

Não existem muitos inconvenientes. É até difícil encontrar alguns. O maior está relacionado com as mães, com o facto de precisar de se reencontrar como mulher: precisamos de espaço, de conhecer o novo corpo, de nos reconhecermos… Por vezes, são inconvenientes relacionados com o crescimento do bebé ou o desconforto. Mas há sempre soluções, mudar a posição, utilizar outra técnica…

O maior inconveniente é onde pousar um bebé quando vamos ao médico por exemplo, ou quando se quer experimentar roupa numa loja… nessas alturas usa-se o carrinho. No verão também podemos achar que provoca demasiado calor, mas mais uma vez é um inconveniente pessoal e que com uma técnica adaptada se resolve.

Qual o preço médio?

Para um sling de boa qualidade (que não seja só um pedaço de tecido mas um verdadeiro porta bebé que respeita as normas de segurança e puericultura) o preço médio ronda os 40 a 60 euros.  Encontrarás mais caros, podendo chegar até aos 100 euros. Alguns vêm acompanhados de um “manual de instruções” e alguns fabricantes até disponibilizam vídeos “tutoriais” nos seus sites.

É fácil de usar e seguro?

Sim e não. A utilização do sling requer um tempo de aprendizagem. Muitos pais compram um sling, experimentam duas vezes com a ajuda do manual de instruções e desistem porque é demasiado complicado: logo, o sling vai para o armário e não sai de lá…Podemos comparar esta aprendizagem com a aprendizagem das crianças na hora de apertar os cordões, não basta experimentar 2 ou 3 vezes para o conseguir fazer.
É mais fácil se alguém com alguma experiência nos mostrar qual a técnica adequada, corrigir logo os nossos erros e tenha paciência para nos ensinar. Não esquecer que cada um de nós tem o seu ritmo de aprendizagem e que não aprendemos todos da mesma forma: alguns aprendem num instante, outros precisam de mais tempo e de mais explicações. Seja como for, hoje sabemos todos apertar os cordões correctamente e todos os pais, utilizadores do sling começaram por aprender.
Pessoas com formação nesta área e experientes propõem workshops onde se pode aprender passo-a-passo as técnicas para o uso do sling de acordo com as suas necessidades. As primeiras tentativas chegam a ser desesperantes… mas quando se apanha o jeito, temos vontade de nunca nos separarmos do bebé.
Hoje em dia encontram-se imensos vídeos com técnicas para o uso do sling, o que poderá facilitar a aprendizagem. Mas cuidado: existem também imensos vídeos errados, ou onde as técnicas utilizadas não são adequadas à idade do bebé ou ao seu sling e ninguém poderá ajudar se errar. Cuidado também com os conselhos de quem a rodeia e que usa o sling de forma nem sempre mais adequada. Não hesite em pedir outras opiniões, junto de especialistas também.
Relativamente à segurança, como objecto de puericultura, existem normas a seguir: vias respiratórias do bebé sempre visíveis pelo portador, cabeça livre para se movimentar, roupa adequada e posição vertical fora da hora de amamentação.


Onde encontrar aulas para utilizar correctamente o sling ou pano porta bebé?

Sugerimos que sigam a página do Facebook Pulguinhas Além de poderem esclarecer dúvidas através da mesma poderão manter-se a par dos próximos eventos onde poderá aprender a utilizar correctamente o sling. Ou podem simplesmente pesquisar on-line e procurar workshops numa localidade próxima, pois a maioria das pessoas que fazem estes eventos possuem um site ou um blog.

Texto escrito em parceria com: Pulguinhas

Sem comentários:

Enviar um comentário