Qual a diferença
entre um sling e um marsúpio?
Um sling é feito com um tecido longo de forma rectangular (adaptado
para o bebé, respeita critérios de segurança e de não toxicidade) com uma
largura entre os 60 e 70 cm e um comprimento que varia entre 2,60 m (para os
mais curtos) e os 5 m (para os mais longos). Pode-se então usar esse tecido de
diferentes formas no portador e no bebé e modificar as posições do bebé. O
mesmo adapta-se facilmente às diferentes morfologias de cada um, do nascimento
até aos 36 meses,de acordo com o tecido usado.
O marsúpio já tem uma forma pré-definida na qual iremos
colocar o bebé, umas alças que se prendem ou atam e um cinto na zona do ventre.
O uso é assim mais limitado (como menor adaptação à morfologia do portador e do
bebé) do que com o sling, por causa da sua forma, mas também mais simples (só existe uma posição, logo
menos para aprender).
A partir de que idade
se pode usar um sling? E até que idade?
O sling pode ser usado logo à nascença e até aos 2, 3 anos.
Só é preciso adequar a posição do bebé conforme a sua idade, morfologia e necessidades. E
esta é uma grande vantagem do sling, oferece imensas possibilidades!
Quanto o tempo pode
estar o bebé no sling?
Se a posição do bebé e o sling são adequados para a idade e
necessidades do bebé e do portador, se se respeitam as indicações de segurança
e se o portador e o bebé se sentem confortáveis, o sling pode ser usado o tempo
que quisermos! Um pouco, muito, imenso! Este método é vivido a dois, ao
perceber as necessidades dos dois, ao adaptar sempre que necessário, NÃO há
limite de tempo!
Quais as suas
vantagens?
São imensas! O sling preenche a necessidade de contacto,
segurança e movimento do recém-nascido e da pulguita em crescimento. Facilita o
relaxamento, o bem-estar, o sono e a digestão. Permite aos pais (e também aos
profissionais da educação de infância) manter as mãos-livres, continuar as
tarefas do dia-a-dia e de cuidar de várias crianças mais facilmente. Permite
uma maior liberdade de movimentos e de se deslocar no interior como no exterior.
Também é um óptimo estímulo para o bebé. Este tem a
possibilidade de observar o ambiente em que se encontra, permite a descoberta
do outro, das relações sociais e do meio ambiente. Possui também vantagens
físicas e motoras: favorece um bom desenvolvimento das ancas e da coluna, previne eventuais más
formações cranianas, estimula levemente o tónus muscular e o equilíbrio, os
sentidos (essencialmente o toque), a consciencialização do corpo e a
curiosidade.
Por fim, oferece imenso prazer pelo contacto que proporciona entre pais e filhos, favorece o carinho,a confiança e a auto-estima.
Quais os
inconvenientes?
Não existem muitos inconvenientes. É até difícil encontrar
alguns. O maior está relacionado com as mães, com o facto de precisar de se
reencontrar como mulher: precisamos de espaço, de conhecer o novo corpo, de nos
reconhecermos… Por vezes, são inconvenientes relacionados com o crescimento do
bebé ou o desconforto. Mas há sempre soluções, mudar a posição, utilizar outra
técnica…
O maior inconveniente é onde pousar um bebé quando
vamos ao médico por exemplo, ou quando se quer experimentar roupa numa loja…
nessas alturas usa-se o carrinho. No verão também podemos achar que provoca
demasiado calor, mas mais uma vez é um inconveniente pessoal e que com uma
técnica adaptada se resolve.
Qual o preço médio?
Para um sling de boa qualidade (que não seja só um pedaço de
tecido mas um verdadeiro porta bebé que respeita as normas de segurança e
puericultura) o preço médio ronda os 40 a 60 euros. Encontrarás mais caros, podendo chegar até
aos 100 euros. Alguns vêm acompanhados de um “manual de instruções” e alguns
fabricantes até disponibilizam vídeos “tutoriais” nos seus sites.
É fácil de usar e seguro?
Sim e não. A utilização do
sling requer um tempo de aprendizagem. Muitos pais compram um sling,
experimentam duas vezes com a ajuda do manual de instruções e desistem porque é
demasiado complicado: logo, o sling vai para o armário e não sai de lá…Podemos
comparar esta aprendizagem com a aprendizagem das crianças na hora de apertar
os cordões, não basta
experimentar 2 ou 3 vezes para o conseguir fazer.
É mais fácil se alguém com
alguma experiência nos mostrar qual a técnica adequada, corrigir logo os nossos
erros e tenha paciência para nos ensinar. Não esquecer que cada um de nós tem o
seu ritmo de aprendizagem e que não aprendemos todos da mesma forma: alguns
aprendem num instante, outros precisam de mais tempo e de mais explicações.
Seja como for, hoje sabemos todos apertar os cordões correctamente e todos os
pais, utilizadores do sling começaram por aprender.
Pessoas com formação nesta
área e experientes propõem workshops onde se pode aprender passo-a-passo as técnicas para o uso do sling de acordo com as
suas necessidades. As primeiras tentativas chegam a ser desesperantes… mas quando se apanha o jeito, temos vontade de
nunca nos separarmos
do bebé.
Hoje em dia encontram-se
imensos vídeos com técnicas para o uso do sling, o que poderá facilitar a aprendizagem. Mas
cuidado: existem também imensos vídeos errados, ou onde as técnicas utilizadas não são
adequadas à idade do bebé ou ao seu sling e ninguém poderá ajudar se errar.
Cuidado também com os conselhos de quem a rodeia e que usa o sling de forma nem
sempre mais adequada. Não hesite em pedir outras opiniões, junto de
especialistas também.
Relativamente à segurança,
como objecto de puericultura, existem normas a seguir: vias respiratórias do
bebé sempre visíveis pelo portador, cabeça livre para se movimentar, roupa
adequada e posição vertical fora da hora de amamentação.
Onde encontrar aulas
para utilizar correctamente o sling ou pano porta bebé?
Sugerimos
que sigam a página do Facebook Pulguinhas Além de poderem esclarecer dúvidas
através da mesma poderão manter-se a par dos próximos eventos onde poderá
aprender a utilizar correctamente o sling. Ou podem simplesmente pesquisar on-line e procurar
workshops numa localidade próxima, pois a maioria das pessoas que fazem estes
eventos possuem um site ou um blog.
Texto escrito em parceria com: Pulguinhas
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